A história da peteca começa com os indígenas que habitavam o Brasil antes da chegada dos colonizadores portugueses. Eles brincavam com uma pequena trouxa de folhas cheia de pedras, amarrada com palha de milho e decorada com penas coloridas. Essa prática já estava disseminada entre as comunidades nativas, como evidenciado por diversos registros e artefatos.
A peteca, como conhecemos hoje, tem suas raízes nesses jogos indígenas, que variavam de acordo com as diferentes culturas das tribos da América, abrangendo regiões que hoje se situam no Brasil, Peru, Argentina e México. O objetivo do jogo, geralmente, era manter a peteca no ar pelo maior tempo possível, sem a necessidade de regras fixas ou espaços delimitados.
Os povos de língua Tupi denominavam este objeto de 'Peteka', que significa "bater com a palma da mão" - termo que originou a palavra que utilizamos hoje. Tradicionalmente, a peteca era feita de fibras naturais, principalmente cascas de bananeira e palhas de milho. Algumas petecas não incluíam penas em sua composição, sendo apenas enchidas e envoltas por palha. No entanto, as petecas adornadas com penas grandes e coloridas evoluíram para a versão esportiva que conhecemos hoje.
Com o tempo, os colonizadores portugueses incorporaram a peteca em seu cotidiano. A brincadeira, apreciada tanto por crianças quanto por adultos, passou de geração em geração. As folhas que originalmente envolviam as pedrinhas foram substituídas por tecido, depois por couro, e o enchimento evoluiu de pedrinhas para algodão e, posteriormente, espuma.
Em 1973, o jogo de peteca começou a ser formalizado através de regras estabelecidas pela Federação Mineira de Peteca (FEMPE).
Em 1986, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos Terrestres) criou seu departamento de peteca. No ano seguinte, ocorreu o primeiro Campeonato Brasileiro de Peteca.
Em 2000 foi fundada a Confederação Brasileira de Peteca (CBP), que conta com as federações estaduais do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Cada vez mais a peteca ganha reconhecimento e popularidade não apenas no Brasil, mas em diversos outros países.
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